Senador Humberto Costa pode estar na lista da Operação Lava-jato


“Não tenho informação da lista. Ela não saiu oficialmente. Desejo que ela saia até para eu saber”, afirmou Costa.

Da FolhaPress

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta quarta-feira (4) que não tem informações sobre a lista de pessoas que serão investigadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a pedido da Procuradoria-Geral da República por estarem envolvidas na Operação Lava-Jato. Ele afirmou estar com “a consciência tranquila”.

“Não tenho informação da lista. Ela não saiu oficialmente. Desejo que ela saia até para eu saber. […] A minha consciência é tranquila. Nunca participei de nenhum processo de corrupção ou de superfaturamento de licitação”, afirmou Costa.

Para o senador, caberá apenas ao STF decidir se mantém ou não o sigilo sobre as investigações. “O que é mais importante é que todos saibam que essa lista é apenas um pedido de investigação. Não é sequer um processo ainda. Serão inquéritos que serão abertos pela primeira vez; muita gente vai conhecer o que tem contra si e vai poder se defender. Temos que trabalhar com muita cautela para que não transformemos pessoas inocentes em culpadas nem vice-versa”, disse.

Em sua opinião, caso o sigilo seja mantido, a Corte deverá garantir que não haverá vazamentos seletivos. “O problema é que o sigilo muitas vezes é mantido para alguns. E aí acontecem vazamentos seletivos e atingem até pessoas que nem na lista estarão”, disse.

Em delação premiada realizada no final do ano passado, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que Costa recebeu, em 2010, cerca de R$ 1 milhão do esquema de propina da Petrobras. O valor seria parte da comissão da cota de 1% destinada ao PP, partido da base aliada do governo.

Segundo Paulo Roberto, o dinheiro a Costa foi solicitado pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra).


Na época, Costa afirmou que a acusação era “totalmente fantasiosa” e que não tem qualquer relação com algum integrante do PP que pudesse intermediar alguma arrecadação para ele.