Pernambuco será o primeiro
Estado brasileiro a consumir energia solar em larga escala, com previsão para
fornecimento a partir de novembro deste ano.
A italiana EGP (Enel Green Power) assinou na semana passada o
primeiro contrato no país com o poder público para fornecimento comercial desse
tipo de energia.
O parque solar da EGP terá potência instalada de 11 MW –que
corresponde a 0,3% da atual capacidade de geração do Estado– e a energia produzida
será comprada pelo governo para abastecer prédios públicos. Quando estiver
pronto, o empreendimento será capaz de gerar 17 GWh ao ano, o suficiente para
abastecer 90 mil residências, cerca de 0,15% do consumo anual do Estado.
O uso da nova fonte irá evitar a emissão na atmosfera de 5.000 toneladas
de gás carbônico por ano.
A usina solar da empresa tem custo estimado de US$ 18 milhões
(R$ 54 milhões) e está em construção em Tacaratu (a 453 km do Recife), no
sertão pernambucano. A cidade foi escolhida por ter irradiação solar propícia e
ser o local onde a empresa já mantém uma usina eólica em operação, o que reduz
os custos, pois será usada a mesma linha de transmissão.
O contrato faz parte de um pacote para fornecimento de 92 MW de
energia solar que foi leiloado em dezembro de 2013 pelo governo pernambucano,
ao preço médio de R$ 228,63 por megawatt-hora (MWh). Segundo o governo, o valor
é equivalente ao da energia tradicional.
Os contratos com outras três empresas vencedoras do leilão
deverão ser assinados ainda neste semestre, com início do fornecimento previsto
para 2016.
O leilão de Pernambuco foi o primeiro no país dedicado
exclusivamente à energia solar. Em outubro do ano passado, a União também
realizou um leilão nacional, em que negociou 31 novos empreendimentos de
energia solar, com capacidade total de 890 MW e início da entrega para outubro
de 2017.
Pernambuco 247