Em Petrolina, no Sertão de
Pernambuco, foi organizada uma mobilização nesta quinta-feira (11), data em que
a menina Beatriz Mota, de 7 anos, faria aniversário. O protesto cobrou uma
solução para o crime ocorrido há 60 dias. Pela primeira vez, os pais da menina,
Lúcia Mota e Sandro Romildo Ferreira, participaram do ato junto com a
comunidade, que já havia realizado diversos protestos anteriormente. A
manifestação reuniu dezenas de pessoas em frente à antiga escola de Beatriz e
interditou a Avenida Guararapes, no centro da cidade.
Vestidos de branco, os
presentes carregavam consigo velas acesas e sentimento de solidariedade. Foram
feitos círculos de oração e entoados vários louvores. A menina Beatriz
Angélica, de sete anos, foi assassinada a facadas no Colégio Nossa Senhora
Auxiliadora, durante uma solenidade de formatura no dia 10 de dezembro de 2015.
Durante a manifestação, a
mãe fez um pronunciamento emocionado. Ela cobrou a colaboração da escola nas
investigações. “Não podemos viver com medo e aterrorizados e, para isso, a
Escola Nossa Senhora Auxiliadora tem que contribuir com as investigações dos
fatos e a polícia tem obrigação de dizer quais as motivações e quem são esses
monstros. A brutalidade aconteceu dentro de uma escola católica com quase 90
anos de tradição na região”, relata Lúcia Mota.
Em seu discurso, Lúcia
pediu um pronunciamento do Ministério Público Federal e ajuda da Polícia
Federal para que o crime seja desvendado. “Esperamos um pronunciamento do MPF.
Queremos saber quem são os promotores da Infância e Juventude de Petrolina que
estão acompanhando o caso e qual a colaboração têm dado para que o crime seja
desvendado. Esperamos que a Polícia Federal também ajude, porque a depender da
motivação, o problema não é apenas de Petrolina e Juazeiro”, ressalta.
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